segunda-feira, 31 de março de 2008

Madeirense é Língua... não é só sotaque! (I)


Depois de um dia de trabalho a xulipa obrigava a que todos fugissem de mim. Só me apetecia beber uma vinhosca com laranjada pra ver se dava uma vergalhada no cansaço. O vasolão do empregado da tasca disse que o dia lhe tinha corrido de feição.

Eu já andava há uns dia a ficar meio variado com o triponço. Foi aí que entrou o bubum todo trupezupe. Levou logo uma trepa pois tinha ficado a secar o dia inteiro. Fez-me aquele trejeito com a boca e mandou-me à merda.

Saí porta fora e fui para casa comer sopa de tapadoira que a mulher tinha feito pró almoço.

Fiquei a sismar o resto do dia. Aquele seringão do mamado não tinha serventia nenhuma. Se sismava com uma coisa ele era só modilhos e coisa.

No próximo fim-de-semana vou até à cidade ver se arranjo um seirão. Ando cá com um secume...

Não me importa com a resonda da mulher pois tou mesmo carecido de molhar o pincel.

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