
O Infante D. Henrique foi o responsável pela saga das descobertas.
Era um homem assim a modos que abichanado que segundo reza a história morreu virgem.
Quando era miúdo o pai, um tal de D. João a quem chamavam o primeiro porque parece que depois ia haver um segundo, pô-lo de castigo e no Natal não lhe ofereceu um barco telecomandado. O puto ficou possesso e prometeu a si mesmo que quando fosse grande ia ter muitos barquinhos.
Quando fez 16 anos ia quase todos os dias brincar com barcos de papel com o vizinho do segundo esquerdo para a lagoa que fica ao pé da Torre de Belém.
Aos 18 anos acabou o 12º ano e foi na viagem de finalistas até Ceuta. Adorou. As gajas andavam tapadas até aos pés e não chateavam e os gajos vestiam túnicas sem nada por baixo e sapatos bicudos. Nos bares e discotecas as meninas não podiam entrar e bebia-se muito chá de menta.
Falou tanto da viagem que o pai decidiu ir lá de férias com a família toda. O irmão de Henrique, Fernando, gostou tanto daquilo que ficou por lá até morrer.
No regresso o nosso protagonista descobriu o Algarve onde já morava o Cliff Richard.
Um dia a passear encontrou a ponta... de Sagres e achou que dali para a frente devia haver mais qualquer coisa para além de dragões.
Começou então a mandar construir barcos e a convidar os amigos para uns cruzeiros por ali abaixo. Mas todo o cruzeiro que se preze tem que ter escalas. Então foi preciso encontrar uns sítios porreiros para o pessoal ir a terra e fazer umas excursões pré-pagas.
E é assim que começam os descobrimentos.
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