sexta-feira, 21 de março de 2008

Do Porto Santo



Reconheço que o final do último artigo não honra a fina estirpe do portosantense. Apenas fiz fé nas piadas que os Funchalenses contam. Mas até para estes convém referir que, piadas à parte, os portosantenses estão, provavelmente, entre os povos europeus que mais sofreram pelo seu território em toda a história. Não desistiram. E por isso hoje têm a ilha que, mesmo quando gozamos, admiramos.

Desde a aridez às fomes e invasões de corsários e piratas, os portosantenses tiveram de comer o pão que o diabo amassou praticamente ao longo de 5 séculos. Só mesmo a partir do séc. XX o país começa a cuidar a sério da Ilha Dourada.

Por isso honra lhes seja feita... que até com os coelhos tiveram azar.

É verdade. Reza a história que, chegado à ilha para a colonizar, Bartolomeu Perestrello achou por bem nela soltar coelhos que se reproduziram muito para lá do desejável, sendo forçado por isso a sair dali apenas 2 anos volvidos.Tal é narrado na crónica “Saudades da Terra” de 1590 por Gaspar Frutuoso, aqui transcrita na versão Integral Omega 3 sem côdea:

“E porque os coelhos não deixavam criar erva verde na Ilha, que a não comessem, e com paus e às mãos os matavam sem os poderem desinçar, e porque os coelhos tudo deixavam cagado e fedorento e que se juntavam em bandos para assaltar pessoas e lhes batiam e exigiam avultados pagamentos em cenouras e em revistas da Playboy. E porque o Capitão Donatário havia guisado 3 de seus companheiros a ele juraram vingança, e pondo-se de armas uma multidão deles, logo vieram monte abaixo em motas Harley Davidson que entretanto houveram inventado... e dois deles com uma semi-automática e uma carabina de canos cerrados assaltavam caixas multibanco e gasolineiras e puseram para correr Perestrello e os seus.E assim se viram os coelhos donos da ilha durante largos anos, até que todos pereceram na praia à mercê do sol de verão por não usarem protector solar.E fez então Perestrello a festa primeira do Coelho Grelhado e houve grande regozijo, e alegria, e poncha, e Madeira meio-doce, e o conjunto musical Galáxia que já naquele tempo animava tais festividades.”
Reflectide sobre isto... Aliás, Reflectazui... Reflectizidai... Reflectad... (Raios!... Como é que se escreve isto?)
PMRibeiro

1 comentário:

Anónimo disse...

Ganda pedro, daqui afonseca.Está muito bom o blog. Abraço

(esta "verificação de palavras" é que é um pouco estranha. é um controlo do tipo "ok já escreveste tudo, agora vamos te por a escrever cenas maradas tipo: JARSAYGX ou mesmo GAIZONE3 como apareceu aqui. Este controlo parece sêr para ver se sabemos escrever...eles inventam tudo hoje em dia)